Histórias das vias do CEL – Alda Pacheco, na Agulhinha da Gávea

Exatamente no dia em que o CEL completou 60 anos, 12 de fevereiro, Claudney Neves, Karla Paiva e Rogério Bandeira reformaram toda a Alda Pacheco.

A estratégia planejada foi fazer o trabalho de cima para baixo. Para isso subiram com toda a tralha até o cume da Agulhinha da Gávea e de lá rapelaram pela via, realizando os trabalhos necessários, com o auxílio de duas furadeiras, uma do próprio Claudney e outra emprestada pelo Filipe Careli.

Foram duplicadas três paradas e substituídos sete velhos grampos. Hoje a via conta com apenas dois grampos de 1/4″ no trecho de artificial, mas que estão perfeitos para a progressão. Todas as outras proteções são grampos de 1/2″, chapeletas inox simples e duplas. O trio também limpou alguns trechos mais críticos da via.

Agora, novinha em folha, está aguardando a sua repetição.

Mas quem foi Alda Pacheco?

Segundo as pesquisas do incansável historiador do montanhismo, Waldecy Mathias Lucena, ela foi filha de Francisco Pacheco da Rocha, guia do Centro Excursionista Brasileiro – CEB. Em 1952, juntos conquistaram o Cabeça de Cão, ao lado do Garrafão (PNSO).

Alda se formou guia de escalada com mais de 50 anos de idade, e às vezes era chamada, não se sabe por que, de “Alda Paredão” (Colaboração de André Ilha).

Faleceu em 2003, quando estava nas explorações com o Minchetti no Parque Estadual dos Três Picos, quando, a princípio, teve um mal súbito e despencou.

Na foto acima, de 1985, cedida por Waldecy, Alda, na esquerda, está no Parque Nacional do Caparaó.

Abaixo, o croqui original da conquista.

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